Ontem, dia 20 de novembro de 2023, defendi minha Tese de Doutorado intitulada "Jovens e jornalismo: a relação das novas gerações com os recursos jornalísticos imersivos em ambientes virtuais".
Agradeço ao Júri pelas considerações, aos familiares e amigos pela torcida e, sobretudo, ao Prof. Dr. João Canavilhas pelos ensinamentos compartilhados e pela parceria durante todos estes anos.
RESUMO:
O jornalismo imersivo é um formato narrativo que, através de recursos tecnológicos como a realidade virtual, a realidade aumentada e os vídeos em 360 graus, procura oferecer ao utilizador formas únicas de consumir uma notícia, graças a uma experiência na primeira pessoa. O ponto de partida para as investigações académicas e projetos práticos nas redações foi dado em 2010, quando Nonny de la Peña e os seus colegas publicaram na Revista Presence as ideias-base do que se convencionou chamar de jornalismo imersivo. Esta investigação procura abordar este contexto histórico, analisar as produções jornalísticas e académicas desenvolvidas em Portugal e lançar um olhar sobre a forma como este formato pode contribuir para uma reaproximação dos públicos jovens que estão afastados do jornalismo. Para alcançar estes objetivos, organiza-se uma tese em cinco capítulos teóricos que partem da definição de sociedade, do conceito de gerações, onde se trabalham de modo particular as novas gerações, o webjornalismo e o jornalismo para dispositivos móveis, os conceitos intrínsecos ao jornalismo imersivo e a sua evolução. Completa-se a investigação com um inquérito por questionário aplicado a 101 jovens que participaram numa experiência em que foi usada uma produção de não-ficção imersiva e em 360 graus. Os resultados obtidos no questionário, mostram que há um distanciamento nítido dos jovens em relação às produções jornalísticas, mas existe um interesse tecnológico que pode fazer deste jornalismo imersivo um caminho para a reaproximação deste segmento etário ao consumo noticioso.
AGRADECIMENTOS DA TESE:
Os agradecimentos começam pelos meus pais Erny e
Lucia, meus irmãos Felipe e Enrico e minha esposa Tâmela: obrigado por todo o suporte, incentivo, vibração, pensamento positivo. Essa conquista é nossa.
Ao Professor Doutor João Canavilhas que, desde 2014, me orientou de forma a crescer no âmbito académico e profissional, ao partilhar o seu conhecimento com dedicação, compromisso e paciência. Obrigado por tudo! Especialmente por acreditar em mim, por todas as oportunidades e por me desafiar a melhorar de forma constante neste período.
À Universidade da Beira Interior, que foi mais que casa académica nestes anos e ofereceu todo suporte necessário para realização desta investigação. Aos diretores do doutoramento – Profs. Paulo Serra e Anabela Gradim, por estarem sempre dispostos a elucidar dúvidas e encontrar soluções.
Ao Professor Doutor Ricardo Morais, um dos investigadores mais dedicados que conheci nesta caminhada. Obrigado pelos trabalhos em conjunto, pelas conversas e conselhos nesta trajetória.
Ao Nuno Barata, uma pessoa das melhores que conheci nestes anos, que se fez presente desde o dia em que nos conhecemos e que sempre se mostrou disponível para estender a mão em qualquer ocasião ou horário.
Se os amigos são a família que a gente escolhe, um agradecimento especial à minha família portuguesa: Ricardo, Renan, Nando, Lisy, Lau, Lourival, Ana, JP, Jéssica, Carol, Léo, Valentina e Núbia. Sem vocês, não imagino como teriam sido estes últimos anos.
Ao Banco Santander e a Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, que em distintos períodos foram financiadores desta investigação e permitiram uma dedicação exclusiva ao trabalho académico.
À Paula Fernandes, que com seu carinho e atenção foi muito importante neste percurso, sobretudo numa fase decisiva da Tese de Doutoramento.
À Dra. Graça e à Cláudia que, em vários momentos desta caminhada estenderam a mão para que nada faltasse. Obrigado de coração!
Aos professores Marco Bonito, Roberta Roos, Vivian Belochio, Alexandra Fante, Pavel Sidorenko e Nádia Alonso López que, durante este percurso, por inúmeras vezes, me convidaram para participar em conversas com seus alunos, eventos, como avaliador dos Trabalhos de Conclusão de Curso ou para trabalhos coletivos. Tudo isso eu levo com muito carinho e tenham certeza que me fizeram crescer e evoluir como investigador.
A todos aqueles que, mesmo sem saber, foram parte importante do processo. Sobretudo aos 103 jovens que dedicaram minutos da sua vida para contribuir com esta investigação e permitir apresentar dados concretos da relação dos jovens com o jornalismo.
Hoje, mais uma fase se encerra para que outras possam começar. E que eu possa ser tão feliz quanto fui até aqui.
Tese completa disponível aqui.
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